"A cabeça pensa onde os pés pisam" Paulo Freire

sábado, 19 de junho de 2010

Fraude eleitoral na Colômbia!

Para quem não sabe no final do mês passado, 31 de maio, ocorreu o primeiro turno da eleição presidencial na Colômbia.

Dentre os candidatos haviam dois que demonstravam grandes chances de ganhar: Juan Manuel Santos, do Partido Social de Unidade Nacional e Antanas Mockus, do Partido Verde.

Santos é o candidato de Uribe (atual presidente da Colômbia, listado pela CIA como um dos narcotraficantes mais perigosos do mundo e que em oito anos de governo representou uma política de repressão e de não diálogo com a guerrilha para acordos humanitários). Alguns acreditam que Santos representa o "uribismo", ou seja, toda a relação com o paramilitarismo e com o narcotráfico, outros acreditam que não. Esses acreditam que sim, ele é um conservador e adotará as políticas repressivas de Uribe, mas que não representa o paramilitarismo e o narcotráfico. Santos foi o Ministro da Defesa da Colômbia que autorizou o ataque a um acampamento das FARC em território equatoriano e que matou estudantes e guerrilheiros (dentre eles uma liderança, Raul Reyes) e que gerou um forte desentendimento entre o governo colombiano e os governos do Equador e da Venezuela. Hoje ele sofre um processo no Equador de que se pisar em território equatoriano, pode ser preso.

Já Mockus representa uma possivel alternativa. Ex-prefeito da capital, Bogotá, surgiu como canditato a presidência derrepente e logo foi adotado por muitos como uma possível alternativa ao "uribismo". A figura de Mockus representou uma ruptura entre grande parte da elite colombiana. Isso porque setores industriais desfavorecidos pelas péssimas relações do Governo Uribe com os outros países, tiveram muitas de suas exportações afetadas (como no caso de ruptura diplomática com o Equador após o ataque e com a Venezuela por desentendimentos com o Governo Chávez).

Mockus a esquerda e Santos a direita

O fato é que, representando a elite que seja (diferentes setores industriais, meios de comunicação, a máfia do transporte, o narcotráfico e o paramilitarismo) há acusações de fraude eleitoral.

Há tempo já se sabe das práticas uribistas para se ganhar a eleição. Ver paramilitares armados em cidades pequenas onde o Estado está ausente (ou não se considerarmos que esse é o papel do Estado colombiano hoje) em frente aos lugares de votação esperando que as pessoas votem em Uribe ou em seu candidato, parece ser uma cena frequênte, segundo relatos de alguns colombianos. Porém, não só dessas práticas esses políticos de perpetuam, se não, através de "erros" na contagem de votos.

Cerca de 23 fotos de documentos eleitorais circulam por e-mail, denunciando a fraude. Imaginem a quantidade de documentos a que não temos acesso. Seguem algumas delas..







Assim Santos acabou ganhando o primeiro turno com 46,5% enquanto Mockus ficou com 21,5% e o "show da democracia" continua. Amanhã, dia 20 de julho, ocorrerá o segundo turno. O problema é que todos já sabiam quem iria ganhar muito antes das eleições começarem...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

SOCIALISMO E LIBERDADE, de Frei Betto

SOCIALISMO E LIBERDADE

Frei Betto


O socialismo é estruturalmente mais justo que o capitalismo. Porém, em suas experiências reais não soube equacionar a questão da liberdade individual e corporativa. Cercado por nações e pressões capitalistas, o socialismo soviético cometeu o erro de abandonar o projeto originário de democracia proletária, baseado nos sovietes, para perpetuar a maldita herança da estrutura imperial czarista da Rússia, agora eufemisticamente denominada “centralismo democrático”.

Em países como a China é negada à nação a liberdade concedida ao capital. Ali o socialismo assumiu o caráter esdrúxulo de “capitalismo de Estado”, com todos os agravantes, como desigualdade social e bolsões de miséria e pobreza, superexploração do trabalho etc.

Não surpreende, pois, que o socialismo real tenha ruído na União Soviética, após 70 anos de vigência. O excessivo controle estatal criou situações paradoxais, como o pioneirismo dos russos na conquista do espaço. No entanto, não conseguiram oferecer à população bens de consumo elementares de qualidade, mercado varejista eficiente e uma pedagogia de formação dos propalados “homem e mulher novos”.

Nesse cenário, Cuba é uma exceção. Trata-se de uma quádrupla ilha: geográfica, política (é o único país socialista da história do Ocidente), econômica (devido ao bloqueio imposto criminalmente pelo governo dos EUA) e órfã (com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim, em 1989, perdeu o apoio da extinta União Soviética).

O regime cubano é destaque no que concerne à justiça social. Prova disso é o fato de ocupar o 51º lugar no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) estabelecido pela ONU (o Brasil é o 75º) e não apresentar bolsões de miséria (embora haja pobreza) nem abrigar uma casta de ricos e privilegiados. Se há quem se lance no mar na esperança de uma vida melhor nos EUA, isso se deve às exigências, nada atrativas, de se viver num sistema de partilha. Viver em Cuba é como habitar um mosteiro: a comunidade tem precedência sobre a individualidade. E é preciso considerável altruísmo.

Quanto à liberdade individual, ela jamais foi negada aos cidadãos, exceto quando representou ameaça à segurança da Revolução ou significou empreendimentos econômicos sem o devido controle estatal. É inegável que o regime cubano teve, ao longo de cinco décadas (a Revolução completou 50 anos, em 1º de janeiro de 2009), suas fases de sectarismo, tributárias de sua aproximação com a União Soviética.

Porém, jamais as denominações religiosas foram proibidas, os templos fechados, os sacerdotes e pastores perseguidos por razões de fé. A visita do papa João Paulo II à Ilha, em 1998, e sua apreciação positiva sobre as conquistas da Revolução, mormente nas áreas de saúde e educação, o comprovam.

No entanto, o sistema cubano dá sinais de que poderá equacionar melhor a questão de socialismo e liberdade através de mecanismos mais democráticos de participação popular no governo, a flexibilização do monopartidarismo, maior rotatividade no poder, de modo que as críticas ao regime possam chegar às instâncias superiores sem que sejam confundidas com manifestações contrarrevolucionárias. Sobretudo na área econômica, Cuba terá de repensar seu modelo, facilitando à população acesso à produção e consumo de bens que englobam desde o pão da padaria da esquina às parcerias de empresas de economia mista com investimentos estrangeiros.

No socialismo não se trata de falar em “liberdade de” e sim em “liberdade para”, de modo que esse direito inalienável do ser humano não ceda aos vícios capitalistas que permitem que a liberdade de um se amplie em detrimento da liberdade de outros. O princípio “a cada um, segundo suas necessidades; de cada um, segundo suas possibilidades” deve nortear a construção de um futuro socialista em que o projeto comunitário seja, de fato, a condição de realização e felicidade pessoal e familiar.


Frei Betto é escritor, autor de “A mosca azul – reflexões sobre o poder” (Rocco), entre outros livros. www.freibetto.org

terça-feira, 8 de junho de 2010

Oficina de Capoeira en Quito-Equador




Amigos y amigas, wambras, longos y longas, musicos, trabajadores, teatreros, teatreras, titiriteros, comediantes, mujeres, rockeros, punkeros, hoperos, todos, todas estàn invitados a las Jornadas de Chàngale a la Casa Zurda, varios dìas para demostrar la importacia de que este espacio se mantenga abierto.

BAILA ZURDA

TALLER DE CAPOEIRA

Casa Cultural de la Diversidad La Zurda

(Av. América y Mariana de Jesús, frente al colegio San Gabriel)

Del Lunes 7 al viernes 11

6:00 pm

Dictado por:
Theo y Daniel de Sao Paulo Brasil

Aporte: Voluntario

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Brasil de Fato

O jornal Brasil de Fato esta sempre muito bom. Porem, as ultimas materias estao especialmente boas!

Dentre as mais recentes tem: o texto da brasileira desaparecida que estava no navio de ajuda humanitaria a Faixa de Gaza, escrito antes do ataque e que esclarece o que se passou e desmente a versao do governo israelense (Por que vou a Gaza); uma entrevista com o jornalista Jose Arbex Jr., que fala da conjuntura brasileira (Movimentos sociais precisam criar um novo partido); e uma materia que denuncia o financiamento dos EUA aos blogueiros cubanos, "insatisfeitos" com o modelo cubano (EUA financiam "blogueiros" cubanos).

Ao invez de ler a Folha, ou assistir o Jornal Nacional, recomendamos a sua leitura: www.brasildefato.com.br.

BOA LEITURA!!!

obs: desculpem a falta de acentos e cedilhas. o teclado aqui nao tem.

domingo, 23 de maio de 2010

Algumas verdades sobre a Colômbia

Um dia desses fomos a uma palestra na Universidade Nacional da Colômbia, e la recebemos um panfleto sobre a denúncia do terrorismo de Estado na Colômbia. Após algum tempo perguntando e obtendo poucas respostas e assistindo alguns documentários, resolvemos escrever algumas verdades que encontramos por aqui, junto com trechos desse panfleto.


"...A primeira causa do terrorismo de Estado é a corrupação da linguagem, a invenção de eufemismos em que palabras significam seus opostos e escondem grandes crimes. Já nao existe consenso global que condena os crimes contra a humanidade. Isso porque os massacres e os assassinatos seletivos asseguram a confiança dos investidores extrangeiros. Os indígenas são expulsos de suas terras para que minas possam ser exploradas, trabalhadores desaparecem para que o petróleo seja extraído. Assim a imprensa internacional aplaude o êxito do presidente em “pacificar" o país..."

"...Colômbia, Estados Unidos e Israel, os epicentros do terrorismo de Estado, são os únicos países na Assembléia Geral das Nações Unidas que têm sido condenados, mas não são postos em juizo..."


O fortalecimento das Guerrilhas nas décadas de 1980 e 1990

As guerrilhas na Colômbia já perduram por muitas décadas. Dentre elas, as mais conhecidas são: FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército Popular) e ELN (Exército de Libertação Nacional).

Durante as décadas de 1980 e 1990 a perseguição política atingiu o seu auge. Foram assassinados mais de 4 mil militantes da União Patriótica (partido político ligado aos movimentos insurgentes, que pretendia pela vía legal chegar ao poder), dentre eles, prefeitos eleitos e 2 candidatos à presidência (assistir ao documentário "Baile Rojo").

Por conta desse extermínio da esquerda, muitos militantes, cercados de ameaças, viam dadas 3 opções: mudar-se para outro país, morrer, ou entrar para a guerrilha. Muitos deles, percebendo a impossibilidade da luta pela via legal e a necessidade de permanecer no país para lutar, resolveram compor as frentes das guerrilhas. A maioria foi para as FARC-EP.



As acusações de que as FARC-EP são um grupo narcotraficante

Escuta-se muito por aí, inclusive dentro da esquerda, que as FARC-EP em meio ao contato com a coca, perdeu-se no seu ideal e achou-se nas grandes somas proporcionadas pela produção de coca para fabricação de cocaína.

Expliquemos: a plantação de coca na América é muito mais antiga que as FARC-EP e até mesmo que a chegada dos europeus em território americano. O fato é que, quando essa planta começou a ser utilizada para produção de cocaína na Colômbia, tornou-se muito mais lucrativo plantá-la em todo território, do que plantar milho, ou qualquer outro alimento. Nos disse um amigo que existe um dito muito conhecido por aqui: "Antes, os camponeses saíam com o caminhão cheio de alimentos e voltavam com o bolso cheio de dinheiro. Hoje, com a coca, os camponeses saem com o bolso cheio de coca e voltam com um caminhão cheio de dinheiro". A questão é que muitos campos hoje são destinados à plantação da coca. Dentre eles, campos sobre comando das FARC-EP, que não proíbe a plantação da coca. Porm, as FARC-EP alega não ter vínculo algum com a produção de cocaína (que tem como maior mercado consumidos os EUA, principal financiador do "combate" ao narcotráfico na Colômbia).

Ainda hoje as FARC-EP realizam formação política, e demonstram-se mais convicta do que nunca dos seus princípios (assistir ao documentário "FARC-EP, insurgência do século XXI, realizado por argentinos que conviveram por algum tempo com a guerrilha).




Combate à guerrilha: a "Seguridade Democrática" do presidente Uribe

"Seguridade Democrática" foi o nome dado pelo presidente Uribe para as políticas de combate às guerrilhas.

"...De acordo com o presidente, acordos humanitários e iniciativas de paz são pretextos para subversão. Quem os pede sabe de antemão que serão rechacados pelo Estado. Desumanizar o inimigo e os que lutam pela paz, facilita o bombardeio de povos subversivos. Para o governo, esses são os verdadeiros inimigos da paz..."

"...A Política de Seguridade Democrãtica não é nem democrática nem de segurança. A corrupção da linguagem acompanha cada grande crime político. A noção de “seguridade democrática” não é a excessão. No atual contexto colombiano, assassinar líderes de movimentos sociais para assegurar a reeleição de um partido de assassinos políticos é democracia. “Segurança” é o eufemismo de cemitérios com tumbas sem nomes. “Liberdade de Imprensa” existe quando anuncia-se um “triunfo militar”: assassinato de campesinos desarmados..."

Fruto dos 8 anos dessas políticas, hoje existem 4 milhões de desabrigados e mais de 30 mil familiares de desaparecidos na Colômbia.

Esse programa chegou ao absurdo de oferecer recompensas para captura de guerrilheiros vivos ou mortos. Política genial para exterminar jovens e indigentes (um pouco mais perverso e menos sarcástico do que a política do governo Serra na cidade de São Paulo de "limpeza" do centro jogando água fria, durante o inverno, nas crianças da cracolândia) que vestidos com roupas camufladas, se passaram facilmente por guerrilheiros. Isso foi um fracasso. Mas antes, levou muita gente para a cova.

"...O seu governo presenciou a morte de mais sindicalistas e dirigentes de movimentos sociais que qualquer outro no mundo..."
"...Quando o presidente afirma que guerra é paz, militarização é segurança, desigualdades são justiça social, os que conseguem entender essas “verdades oficiais” temem ouvir um bater a sua porta a meia noite. A definição oficial de um terrorista é aquele que consegue entender que o caminho do governo à paz é gastar bilhões em aviões de guerra, em helicópteros, em bases militares, com conselheiros militares e mercenários. De acordo com o presidente, os grupos de direitos humanos que se opõe a assassinar aos adversários, que propõe o diálogo ao invéz de monólogos, são inimigos da paz. Somente os monólogos asseguram que exista uma só verdade oficial e nenhuma outra..."

O governo tem como princípio a não negociação para trocas de presos políticos com a guerrilha. Imaginem se em São Paulo a polícia se negasse a negociar em todos os sequestros que existem, nem que fosse por uma semana. Declarou Cesar Augusto, capturado pelas FARC-EP em combate: "Não sei quem é mais desumano. Aqueles que nos sequestam ou aqules que se esquecem de nós". A resposta não parece óbvia para você, Cesar?

Além de toda a perseguição política e dos assassinatos, as políticas da "segudidade democrática" representam o desvio de muitos recursos de políticas sociais para a sua realização, o que ampliou a pobreza, reduziu os direitos basicos da população e aumento a dívida pública.

"...Clinton, Bush e Obama o ajudaram (Uribe) com bilhões de dólares em armas, centenas de conselheiros para promover 30 mil esquadrões da morte e 300 mil soldados..." De graça é que não ia ficar.


A linha política dos 8 anos de Governo Uribe

Assim como muitos, ou quase todos, os presidentes na América do Sul das décadas de 1980, 1990 e 2000, Uribe seguiu as recomendações do Fundo Monetario Internacional.

Segue a linha política a qual ele legitima: "...De acordo com o presidente do FMI, a pobreza e o desemprego são os preços da democracia e da prosperidade..."

Porém, porque só @s trabalhadores pagam o preço, enquando os ricos prosperam?


O papel fundamental da grande mídia

Assim como no Brasil, na Colômbia os grandes meios de comunicação formam a opinião pública, além de divertir a população com as suas novelas pela noite. Os grandes meios são a ferramenta da legitimação dos assassinatos, divulgando que todos aqueles que morrem em "combates" eram de fato guerrilheiros. Ocultam o porquê a guerrilha existe e porquê ela luta, dizendo que são somente assassinos narcotraficantes.

A grande mídia é composta hoje pelo monopólio de duas redes privadas: Caracol e RCN.


O fenomeno do Paramilitarismo e o narcotráfico

"...O presidente conta com apoio de mais narcotraficantes no congreso que qualquer outro presidente ou primeiro ministro em todo o mundo, incluindo o Afeganistão (maior produtor mundial de papoula). Uribe é responsável pela expulsão da maior quantidade de pessoas na menor quantidade de tempo de suas terras que qualquer outro presidente na história, incluindo Israel..."

Paramilitares são grupos mercenários de extermínio, normalmente compostos por membros do próprio exército. São os responsáveis por grande parte dos assassinatos políticos. Hoje estão presentes no governo e em todas as partes. Diz-se que existem informantes por todas as partes, gerando uma atmosfera de medo que se descubra que você é subversivo, simpatiza com a guerrilha, luta pelos direitos humanos, ou simplesmente usa uma camiseta do Che Guevara.

São eles que fazem o "trabalho sujo".

É muito difícil obter informação a respeito desses grupos. Isso porque a mídia e o governo fazem questão de omitir a sua existência. Mas os poucos que sobrevivem ao entrar em contato com eles, contam as histórias, e os fatos e os massacres comprovam o seu tamanho e o seu poder.



As sete bases militares estadounidenses, ou as sete apunhaladas no coração da America Latina

"...O presidente tem permitido o estabelecimento de mais bases militares norteamericanas que todos os outros presidentes latinoamericanos juntos..."

Assim como declarou Fidel Castro, as sete bases militares dos EUA em territróio colombiano não significam somente uma ameaça à soberanía colombiana, mas também uma ameaça à soberanía de toda a América Latina. Não são simples bases , reforço militar, troca de conhecimento, mas sim duros golpes a ao processo de independência do nosso continente em relação aos EUA. A Colômbia possui a mesma importancia estrategica, ou ate mais, se tratando dos crescente governos progressistas e independentistas na America do Sul, que Israel no Oriente Medio, para os EUA.

"...De acordo com o presidente, ceder territorio a um poder imperial extreangeiro para construir sete bases militares que operam de acordó com suas próprias leis e jurisdicao, é a nova definicao de soberanía. Soberania é igual a ocupacao extrangeira..."


Até quando vamos permitir que eles não nos deixem perceber que o mundo também pode ser visto assim:


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*Os trechos entre aspas foram retirados do texto: "Colômbia: Terrorismo de Estado em nome da paz", de James Petras, Forum Internacional, Bogotá – Colômbia, 13 e 14 de maio de 2010.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mais rachadura no sertão - Asa Branca

Em um momento de descontração e inspiração, resolvemos escrever uma paródia da música Asa Branca com o caso da transposição do Rio São Francisco.

Durante o intervalo de um forum sobre direitos humanos na Universidad el Valle em Cali/Colômbia, escutávamos dois estudantes tocarem flautas artesanais. Ao escutar-los me lembrei do Marcelo Pupo arranhando um pífano na Unicamp e nos longos caminhos de incubação de Barão Geraldo até Mogi Mirim e Sumaré e logo me puz a cantar umas das músicas que ele tocava "muito bem": Asa Branca.

Daniel, um poeta de plantão, imendou uma paródia relacionando a canção ao caso da transposição do Rio São Francisco. Eu, um oportunista, dei sequência a boa idéia. Juntos, fizemos a letra baseada no relato fictício de um trabalhador ribeirinho expulso das suas terras.


Mais rachadura no sertão

Encontraram a terra ardendo
Propuseram a transposição
Pra irrigar mais latifúndio
Pra enriquecer mais o patrão

Pra brasileiro, que nada
É la pros gringos, pra exportação
O brasileiro, ficou com nada
A cor da prata, eu não vi não

Até mesmo as asas brancas
Foram embora do sertão
Só restou o boia-fria
Causou mais fome e destruição

Hoje estreiro e sem cor
Numa profunda sequidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Cabou o verde que restava
Sumiu toda a plantação
O velho chico morreu de sede
E por farta d'água, acabou a canção.

domingo, 16 de maio de 2010

Fotos UNC






Universidade de Havana?
Não!
Universidade Nacional da Colombia.