"A cabeça pensa onde os pés pisam" Paulo Freire

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A visão d@s cuban@s sobre a situação no Haiti



Tod@s em Cuba, do médico ao camponês, comentam sobre o terremoto e a sua consequência para o Haiti e para o seu povo e como a América se relaciona com o fato e se orgulham ao dizer que existem hoje cerca de 400 cuban@s em missão médica no Haiti, dentre médic@s, enfermeir@s, dentistas, etc.

Segundo Fidel Castro, Cuba dá o que tem de melhor, e não o que tem de sobra, quando se referiu a solidariedade do povo cubano com o povo haitiano. Ou seja, Cuba não ofereceu equipes médicas porque sobram médic@s, enfermeir@s ou dentistas para atender a sua população, mas sim porque isso é o que, nesse momento, de melhor se pode oferecer ao Haiti.

Ao mesmo tempo em que os cubanos se enchem de orgulho ao poder dizer que estão contribuindo com o Haiti neste momento difícil, eles não deixam escapar a oportunidade de criticar a atuação dos EUA na Amèrica Latina e, especificamente, neste momento, a forma como tem “contribuído” ao Haiti, principalmente após o terremoto.

A política de apoio estadunidense mais intensa tem sido de envio de tropas militares para reestabelecer a “ordem”. O que talvez ocorra pelo mesmo fato porquê Fidel disse que Cuba enviou médicos. Se os EUA possuem a maior força militar do mundo, é isso então o que de melhor se tem para oferecer. Certo? Errado! Longe de passar por uma idéia ingênua como essa, o povo cubano vê a politica de apoio dos EUA como uma estratégia militar.

O territòrio haitiano, pelo fato de estar localizado muito próximo à Cuba e à Venezuela, ou seja, próximo aos dois principais países de resistência antiimperialista, é, protanto, um território estratégico. Assim como a Colômbia, onde estão sendo construídas 7 bases militares estadunidenses com armamento de ponta.

Desta forma, o povo cubano também não se ilude com o Governo Obama pelo fato de pretender devolver a base de Guantánamo. Ocupar o Haiti se tornou uma estratégia muito melhor do que manter uma dominação de Guantánamo, uma vez que a devolução já deveria ter sido efetuada há 10 anos (o contrato era de 100 anos e já se passaram 110).

Um comentário:

  1. sobre isso tem uma entrevista interessante de um professor da puc-sp.

    http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=29067

    taí o link.

    abracos...

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