Em um momento de descontração e inspiração, resolvemos escrever uma paródia da música Asa Branca com o caso da transposição do Rio São Francisco.
Durante o intervalo de um forum sobre direitos humanos na Universidad el Valle em Cali/Colômbia, escutávamos dois estudantes tocarem flautas artesanais. Ao escutar-los me lembrei do Marcelo Pupo arranhando um pífano na Unicamp e nos longos caminhos de incubação de Barão Geraldo até Mogi Mirim e Sumaré e logo me puz a cantar umas das músicas que ele tocava "muito bem": Asa Branca.
Daniel, um poeta de plantão, imendou uma paródia relacionando a canção ao caso da transposição do Rio São Francisco. Eu, um oportunista, dei sequência a boa idéia. Juntos, fizemos a letra baseada no relato fictício de um trabalhador ribeirinho expulso das suas terras.
Durante o intervalo de um forum sobre direitos humanos na Universidad el Valle em Cali/Colômbia, escutávamos dois estudantes tocarem flautas artesanais. Ao escutar-los me lembrei do Marcelo Pupo arranhando um pífano na Unicamp e nos longos caminhos de incubação de Barão Geraldo até Mogi Mirim e Sumaré e logo me puz a cantar umas das músicas que ele tocava "muito bem": Asa Branca.
Daniel, um poeta de plantão, imendou uma paródia relacionando a canção ao caso da transposição do Rio São Francisco. Eu, um oportunista, dei sequência a boa idéia. Juntos, fizemos a letra baseada no relato fictício de um trabalhador ribeirinho expulso das suas terras.
Mais rachadura no sertão
Encontraram a terra ardendo
Propuseram a transposição
Pra irrigar mais latifúndio
Pra enriquecer mais o patrão
Pra brasileiro, que nada
É la pros gringos, pra exportação
O brasileiro, ficou com nada
A cor da prata, eu não vi não
Até mesmo as asas brancas
Foram embora do sertão
Só restou o boia-fria
Causou mais fome e destruição
Hoje estreiro e sem cor
Numa profunda sequidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Cabou o verde que restava
Sumiu toda a plantação
O velho chico morreu de sede
E por farta d'água, acabou a canção.
Encontraram a terra ardendo
Propuseram a transposição
Pra irrigar mais latifúndio
Pra enriquecer mais o patrão
Pra brasileiro, que nada
É la pros gringos, pra exportação
O brasileiro, ficou com nada
A cor da prata, eu não vi não
Até mesmo as asas brancas
Foram embora do sertão
Só restou o boia-fria
Causou mais fome e destruição
Hoje estreiro e sem cor
Numa profunda sequidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Cabou o verde que restava
Sumiu toda a plantação
O velho chico morreu de sede
E por farta d'água, acabou a canção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário